'Verde Gás': livro sobre distopia em João Pessoa discute sobre radicalismo na política e religião
14/12/2023
Obra distópica do escritor Ricardo Oliveira será lançada nesta quinta-feira (14), na capital paraibana. Livro 'Verde Gás' do escritor Ricardo Oliveira mostra João Pessoa distópica
Diogo Almeida/g1
O escritor paraibano Ricardo Oliveira lança nesta quinta-feira (14) o livro ‘Verde Gás’, que se passa em uma João Pessoa distópica. Na história, o protagonista é um arquiteto que viveu a vida toda em um condomínio fechado, de luxo, e é surpreendido quando é o único sobrevivente de um ataque de gás tóxico.
O livro ‘Verde Gás’ será lançado em João Pessoa, às 19h desta quinta-feira (14), na Livraria A União, e também no domingo (17), às 18h, na Livraria Leitura do Manaíra Shopping.
Em entrevista à rádio CBN João Pessoa, o escritor comentou que o radicalismo político e religioso, especialmente durante a pandemia do coronavírus, tem muita evidência na obra.
“Esses discursos, que para a gente pareciam muitos absurdos, ressoam na história de outras formas. Aparece também com o futuro, o que tem a ver com a possibilidade desse fim? Essa discussão sobre esse radicalismo na esfera política e religiosa está muito presente neste livro”.
Enredo do livro
Após perceber que todos os conhecidos, familiares e amigos de infância morreram, o protagonista decide permanecer no condomínio e cuidar do local, reformar as casas e os jardins afetados pelo gás. Nesse processo, além de revisitar memórias, o personagem reflete sobre sua relação com a fé e a política.
Em entrevista à rádio CBN João Pessoa, nesta quinta-feira (14), Ricardo Oliveira disse que, apesar da relação com a pandemia, o livro começou a ser escrito em 2018. Ele relatou que, quando surgiu a pandemia do coronavírus em 2020, chegou a se surpreender com a relação entre obra e realidade.
“A ideia em si do ataque de gás em João Pessoa foi em 2018, antes da pandemia, e aí eu me assustei muito quando chegou a pandemia, por uma razão muito específica: não é necessariamente um spoiler, está basicamente no começo do livro, que o protagonista sobrevive porque está de máscara”.
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